sexta-feira, 2 de agosto de 2013


No museu Catavento Cultural foi possivel observar uma grande variedade de especies tanto de borboletas como de mariposas, podendo serem observadas as diverentes familias dessa ordem, como a Nymphalidae familia a qual pertence a borboleta morpho. E tambem abstrair informacoes praticas e completas sobre caracteriscas importantes desses animais, como a camuflagem e o mimetismo, e sobre a producao de seda feita pelo bicho-da-seda ao formar seu casulo.

Diferenciando Borboletas e Mariposas

Muita gente pensa que as mariposas apresentam apenas cores opacas e até usam isso para identificá-las. Mas algumas mariposas são tão coloridas quanto as borboletas e podem até serem confundidas com elas. Porem mariposas de colorações mais vibrantes, que  habitam regiões tropicais podem muitas vezes serem venenosas.



A diferenciacao entre mariposas e borboletas baseia-se em seu comportamento e sua morfologia. A maioria das borboletas, por exemplo, são ativas durante o dia (hábito diurno), enquanto a maior parte das mariposas prefere a noite (têm hábito noturno). Outra diferença entre elas é a posição das asas em relação ao corpo, as borboletas deixam suas asas elevadas, enquanto as mariposas mantêm suas asas sempre abertas. As antenas tambem são uma boa forma para diferencia-las, as mariposas possuem antenas parecidas com penas (elas têm cerdas sensoriais que servem para captar feromônios do sexo oposto), enquanto as borboletas possuem antenas fininhas com a ponta dilatada.


O bicho-da-seda


A maior parte das lagartas de mariposas produz seda, mas a de melhor qualidade é feita por espécies de mariposas das famílias das saturnídeas e das bombicídeas. Segundo os chineses, a seda foi descoberta em 2700 a.C e o método empregado em sua produção foi guardado à sete chaves durante séculos.

Até hoje, o método de produção praticamente não se alterou, os insetos são mortos dentro do casulo em água fervente (antes de eclodir e quebrar o fio) e em seguida, retira-se a seda de vários casulos e essa é fiada e enrolada.


Mas a pior parte do trabalho é realizado pelo inseto. Primeiro, a larva (ou lagarta) encontra um lugar adequado, cercado de folhas para produzir seu casulo. Então, o bicho-da-seda começa a prender, fio por fio, de um lado para o outro. A trama de fios fica tão densa, após certo tempo, que nem ao menos parasitas minúsculos conseguem entrar no emaranhado sedoso. Então, a lagarta "protegida" começa a formar seu casulo para se tornar uma mariposa. E é aí que a ação humana na produção da seda entra.

Camuflagem e Mimetismo


Camuflagem

A camuflagem é dividida entre a homocromia e a homotipia, na homocromia o animal tem a mesma cor do meio em que vive e na homotipia o animal tem a forma dos objetos que formam o meio.
A homocromia faz com que o animal passe despercebido ao inimigo e, também, para sua presa. Os habitantes dos bosques freqüentemente adotam a cor verde, os que vivem nos pólos são brancos e entre os animais noturnos predominam as cores escuras, como as mariposas. Muitas borboletas possuem cores brilhantes na face superior das asas, de modo que, quando as dobram ao pousar-se, imitam perfeitamente a folha das arvores.


Mimetismo

Algumas vezes, certos animais parecem-se a outros de uma espécie diferente, em vez de se parecerem com o meio que os rodeia, tirando vantagens desta semelhança para seus próprios objetivos, por exemplo, no mimetismo bartesiano e no mulleriano.

O mimetismo Bartesiano onde Henry Walter Bates em viagem ao Amazonas descobriu borboletas que baseavam sua defesa no sabor desagradável, mas, em determinadas ocasiões, ele encontrava borboletas de espécie diferente que, embora fossem confundidas pelo aspecto com as anteriores, não possuíam o mesmo sabor desagradável. Bates demonstrou que as espécies comestíveis protegiam-se dos inimigos por meio de sua semelhança com as outras borboletas.




 Um otimo exemplo de mimetismo bartesiano e a Maria Boba, borboleta que nao e venenosa mas e mimetica com uma especie venenosa.







No mimetismo Mulleriano, Fritz Muller observou que muitos insetos tropicais, ambas as espécies miméticas possuíam um sabor repugnante para os animais atacantes. Neste tipo de mimetismo,  duas ou mais espécies com certas propriedades perigosas que não estão relacionados e que compartilham um ou mais predadores. Assim torna-se eficaz, pois o predador matara menos individuos da cada especie ate se acostumar que elas lhe fazem algum mal, por isso quanto maior for o numero de espécies diferentes que apresentem características morfológicas semelhantes, maior será a proteção alcançada



Um otimo exemplo de mimetismo mulleriano e a borboleta coruja, onde as manchas em suas asas parecem olhos, o que afasta os predadores.

Borboletas e Mariposas


As borboletas e as mariposas fazem parte da filo dos artropodes, na classe dos insetos. E assim como todos os insetos tem o corpo dividido em 3 partes: cabeca, torax e abdomen. Na cabeca tem 1 par de antenas, 1 par de  olhos e a boca, na forma de um canudinho usado para sugar o nectar. No torax 6 patas e em geral 2 pares de assas. E no abdomen os orgaos vegetativos e reprodutivos. 



O ciclo de vida das borboletas e mariposas apresentam 4 fases distintas em seu desenvolvimento: ovo, lagarta (fase jovem), crisalida (transformacao em borboleta) e a fase adulta.  


Catavento Cultural


O principal objetivo do Catavento é apresentar à população infantil, juvenil e, também, aos adultos, conhecimentos científicos e culturais, aprimorando o desenvolvimento sócio-cultural da população. Sendo implantado um espaço lúdico, social e cultural, rico em objetos e ambientes de aprendizagem interativos e informais, que promovem o conhecimento geral, a ciência, o espírito criativo, a saúde e as boas atitudes sociais entre crianças e jovens. Assim contribuindo para o desenvolvimento da infância e da juventude, e despertando a curiosidade e o interesse pela ciência.

O Catavento Espaço Cultural da Ciência está localizado no Palácio das Indústrias desde 2009  . Inaugurado em 29 de abril de 1924, o Palácio, projetado por Domiziano Rossi, abrigou exposições e várias instituições, entre elas, desde o ano de sua inauguração, a Rádio Educadora Paulista, primeira estação paulista de rádio (atualmente Rádio Gazeta). De 1992 a 2004 foi sede da prefeitura da cidade, até que esta foi transferida para o Edifício Matarazzo.

Embora o museu tenha iniciado seu funcionamento em 2009, a Prefeitura de São Paulo já estava discutindo sua criação desde 2005, quando enviou o Projeto de lei 469/2005 à Câmara Municipal de São Paulo para que autorizasse o executivo a Instituir a Fundação Catavento. O projeto só foi aprovado e transformado na lei 14.130 em 2006, depois de um ano de tramitação e alteração do texto original pelo político Chico Macena, que defendia a criação da Fundação Catavento para criar e administrar o Museu da Criança, e não apenas um centro de desenvolvimento de crianças e adolescentes.

Para administrar esse espaço, foi criado o Catavento Cultural e Educacional, instituição privada reconhecida como Organização Social pelo Governo do Estado de São Paulo, e por ele contratada para criar, no Palácio das Indústrias, o Espaço Cultural da Ciência.